A sociedade europeia passou por diversas mudanças devido às crises do final da Idade Média, precisava crescer economicamente, expandir-se e buscar soluções para seus problemas internos.
Diversos fatores geraram a necessidade do Europeu lançar-se nas Navegações, dentre eles: O fato da Europa comprar mais que vender. Os países do Oriente vendiam especiarias como cravo, canela, noz-moscada; e artigos de luxo: porcelanas, marfim, perfumes. Esses produtos chegavam à Europa após um longo trajeto.
As cidades italianas Gênova e Veneza serviam como intermediárias para a venda das mercadorias ao restante do Continente. Essas mercadorias eram recebidas principalmente no porto de Constantinopla, e revendidas por altos preços.
Em 1453 os turcos otomanos conquistaram Constantinopla e, praticamente, bloquearam o comércio realizado pelo mar Mediterrâneo. Com isso, era necessário encontrar um caminho alternativo, mais rápido, seguro e, principalmente, econômico até os fornecedores Orientais.
Em paralelo, era preciso solucionar a crise dos metais na Europa, pois as Minas de Ouro e de Prata já não produziam quantidade suficiente de metais para a cunhagem de moedas. Ou seja, precisavam descobrir novas jazidas em outras regiões.
Navegações Portuguesas
Portugal foi o primeiro país da Europa a se lançar nas grandes navegações no século XV. Vamos aos fatores que contribuíram para esse pioneirismo:
Centralização administrativa: A centralização administrativa, com a Dinastia de Avis, permitiu que a monarquia passasse a governar em sintonia com os projetos da burguesia.
Mercantilismo: A prática mercantilista atendia tanto aos interesses do rei, que desejava fortalecer o Estado para aumentar seus poderes, quanto aos da burguesia, que desejava aumentar seus lucros e acumular capitais.
Ausência de guerras: No século XV, enquanto outros países europeus estavam envolvidos em confrontos militares, Portugal era um país sem guerras.
Posição geográfica: Por Portugal ser banhado pelo oceano Atlântico facilitava a expansão.
Escola de Sagres: Centro de Estudos Náuticos, fundado pelo infante Dom Henrique, onde aperfeiçoaram instrumentos de navegação, como a bússola, o astrolábio, o quadrante, a balestilha e o sextante.
Os portugueses ainda somaram a vontade de levar a fé católica para outros povos.
Principais etapas das Navegações Portuguesas
1415 - Tomada de Ceuta
1425 - Arquipélago de Madeira
1427 - Arquipélago de Açores
1434 - Cabo Bojador
1436 - Início da Conquista da Guiné
1488 - Bartolomeu Dias chega ao Cabo das Tormentas, sul do continente africano, posteriormente rebatizado de Cabo da Boa Esperança
1498 - Vasco da Gama chega à Calicute, nas Índias.
1500 - Nova expedição organizada para ir às Índias, mas antes chegaram ao Brasil.
Navegações Espanholas
O atraso espanhol nas navegações ocorreu devido a forte presença dos Mouros na região e a falta de unidade política. Problema este que foi resolvido após os reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela se casarem, em 1463.
A Espanha unificou grande parte do seu território em 1492, quando o último reduto de presença árabe na Península, a região de Granada, foi tomado pelos espanhóis.
A primeira incursão espanhola ao mar resultou na descoberta da América, pelo navegador genovês Cristóvão Colombo. Apoiado pelos reis Fernando e Isabel, Colombo chegou à América em 12 de outubro de 1492.
Tratados entre Portugal e Espanha
Tratado de Toledo (1480): Assegura aos Espanhóis as Terras ao Norte das Canárias, e ao Sul, aos Portugueses.
Bula Inter Coetera (1493): Determinava uma divisão, um limite a 100 léguas a oeste de Cabo Verde. As terras situadas a oeste desta linha imaginária seriam para os Espanhóis, ficando Portugal com as terras a leste desta linha.
Tratado de Tordesilhas (1494): O novo tratado estabelecia um meridiano distante 370 léguas a oeste de Cabo Verde. As terras situadas a leste do meridiano seriam portuguesas, e as terras a oeste da Espanha.
Navegações Francesas, Inglesas e Holandesas
Franceses, Ingleses e Holandeses iniciaram suas navegações em busca de um novo caminho para as Índias, concentrando-as no Atlântico Norte (Supondo que poderiam encontrar uma rota noroeste para a Ásia), já que os espanhóis e portugueses se dedicaram às rotas do Atlântico Sul.
Embora esse caminho não tenha sido encontrado, tais navegações não foram em vão pois possibilitaram a exploração e ocupação da América do Norte.
Nesse período, a Inglaterra chegou a oficializar a pirataria marítima. Os piratas foram transformados em Corsários e receberam do Poder Real a carta de corso. Essa carta autorizava ataques e roubos contra navios de nações inimigas, visando interromper seu comércio e sua navegação.
Os Corsários eram usados como um meio fácil e barato para enfraquecer o inimigo, sem ter de arcar com os custos relacionados a manutenção e construção naval.
Consequências da Expansão Marítima
O Eixo Econômico foi deslocado do Mediterrâneo para o Atlântico. As cidades italianas Gênova e Veneza perderam o monopólio do comércio de especiarias para Lisboa e Sevilha.
Vale deixar claro que o comércio no Mediterrâneo não parou, apenas foi superado em volume e valor pela ampliação das rotas comerciais.
Mudança da alimentação europeia com produtos nativos da América: milho, batata, mandioca...
Aumentou o fluxo de ouro e prata na Europa, acarretando numa alta geral de preços e fortalecendo a burguesia e o Estado.
Aperfeiçoamento das instituições financeiras com o desenvolvimento de bancos, letras de câmbio etc...
Propagação da civilização europeia no continente americano.
O saber científico se agitou com novas terras, fauna, flora e civilizações.
O que foi a Expansão Ultramarina Europeia?
Introdução
A sociedade europeia passou por diversas mudanças devido às crises do final da Idade Média, precisava crescer economicamente, expandir-se e buscar soluções para seus problemas internos.
Diversos fatores geraram a necessidade do Europeu lançar-se nas Navegações, dentre eles: O fato da Europa comprar mais que vender. Os países do Oriente vendiam especiarias como cravo, canela, noz-moscada; e artigos de luxo: porcelanas, marfim, perfumes. Esses produtos chegavam à Europa após um longo trajeto.
As cidades italianas Gênova e Veneza serviam como intermediárias para a venda das mercadorias ao restante do Continente. Essas mercadorias eram recebidas principalmente no porto de Constantinopla, e revendidas por altos preços.
Em 1453 os turcos otomanos conquistaram Constantinopla e, praticamente, bloquearam o comércio realizado pelo mar Mediterrâneo. Com isso, era necessário encontrar um caminho alternativo, mais rápido, seguro e, principalmente, econômico até os fornecedores Orientais.
Em paralelo, era preciso solucionar a crise dos metais na Europa, pois as Minas de Ouro e de Prata já não produziam quantidade suficiente de metais para a cunhagem de moedas. Ou seja, precisavam descobrir novas jazidas em outras regiões.
Navegações Portuguesas
Portugal foi o primeiro país da Europa a se lançar nas grandes navegações no século XV. Vamos aos fatores que contribuíram para esse pioneirismo:
Os portugueses ainda somaram a vontade de levar a fé católica para outros povos.
Principais etapas das Navegações Portuguesas
Navegações Espanholas
O atraso espanhol nas navegações ocorreu devido a forte presença dos Mouros na região e a falta de unidade política. Problema este que foi resolvido após os reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela se casarem, em 1463.
A Espanha unificou grande parte do seu território em 1492, quando o último reduto de presença árabe na Península, a região de Granada, foi tomado pelos espanhóis.
A primeira incursão espanhola ao mar resultou na descoberta da América, pelo navegador genovês Cristóvão Colombo. Apoiado pelos reis Fernando e Isabel, Colombo chegou à América em 12 de outubro de 1492.
Tratados entre Portugal e Espanha
Navegações Francesas, Inglesas e Holandesas
Franceses, Ingleses e Holandeses iniciaram suas navegações em busca de um novo caminho para as Índias, concentrando-as no Atlântico Norte (Supondo que poderiam encontrar uma rota noroeste para a Ásia), já que os espanhóis e portugueses se dedicaram às rotas do Atlântico Sul.
Embora esse caminho não tenha sido encontrado, tais navegações não foram em vão pois possibilitaram a exploração e ocupação da América do Norte.
Nesse período, a Inglaterra chegou a oficializar a pirataria marítima. Os piratas foram transformados em Corsários e receberam do Poder Real a carta de corso. Essa carta autorizava ataques e roubos contra navios de nações inimigas, visando interromper seu comércio e sua navegação.
Os Corsários eram usados como um meio fácil e barato para enfraquecer o inimigo, sem ter de arcar com os custos relacionados a manutenção e construção naval.
Consequências da Expansão Marítima